A Intorpecência da razão.
A Intorpecência da razão
Adormecido, entorpecido,
Vagando pelas cortinas dos sonhos,
Invadi um cenário vertiginoso,
Onde meu rosto, tornou-se pó.
Deitado sobre as sombras de meu medo,
Bebi do desejo oculto do meu humano ser,
penitenciando todos os meus pecados,
Sofri calado…o meu silêncio.
Na densa névoa dos meus pensamentos,
Resgatei a ave de gelo que me afogava.
Ergui as muralhas para que me escondessem,
Do traiçoeiro guardião de minha morte.
Ao fim do insípido sonho funebre,
Rasguei meus olhos para realidade,
Senti profundo no peito a verdade,
Que continuava escravo dos meus tormentos.
Que na sanidade temporária,
Provava de instante em instante,
Um amargo alimento,
Que me mostrava a verdade,
Que a loucura ainda mora aqui dentro.
Serei louco enquanto sã,
Viajando pelos sonhos e pesadelos,
Um dia não mais saberei se o que sonho, é sonho.
Se vivo ou estou morto, se sou apenas um louco,
Que pensa que a loucura visita a todos, menos a minha sanidade.