COMA INDUZIDO
(Sócrates Di Lima)
 
Tantas vezes venho aqui,
Escrever meus momentos.,
Entre um processo e outro que escrevi,
Paro para refazer meus pensamentos.

Agora se faz noite quente,
Há um vento rugindo não querendo ir embora.,
Parece uma tal de saudade de repente,
Querendo entrar, vinda la de fora.
 
E o que fazer se o meu pensamento voa,
Vaga por entranha  inebriante.,
Eu aqui nesta cama a toa,
Pareço exilado num país distante.
 
E como exilado, morro de saudade,
Do lugar em que me fiz feliz.,
Vontade que de repente me invade,
De refazer tudo que eu fiz.
 
No entanto, são apenas vontades e crença,
Que  o coração aprisionado não permite.,
Não é orgulho nem indiferença,
Na verdade, é a espera que insiste.
 
Rabisco versos para passar o tempo,
Como se fosse a única coisa a fazer.,
No entanto, nenhum contratempo,
Faz ouvir um sinal acontecer.
 
Surdo na minha espera,
Já não importa mais o de repente.,
Até o perfume da primavera,
Deixou de ser consistente.
 
E neste momento de estar sozinho,
Talvez seja o melhor resistir.,
Apagar com a borracha da loucura o meu caminho,
E não ter mais para onde seguir.
 
O que não poderia acontecer, aconteceu,
E meu coração grita o porquê de tudo isto.,
Na sensibilidade imaterial que um sonho escreveu,
Do coma induzido este amor ressuscito..

Basilissa, atoa briguei com você,
E meu coração ficou ressentido.,
E é por isto que,
Fiquei em coma induzido.

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 09/11/2010
Reeditado em 26/06/2011
Código do texto: T2604884
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