À hora da loucura.
O sonho se desfaz, era à hora,
“A ilusão diante da verdade morre,”.
Cai por terra, chora,
A realidade é dura, a ficha cai,
Uma sombra na memória.
Escurece o céu, o pensamento preso
Na imagem, e é só,
Só ela causa aflição, dor,
Promessas de amor.
Um branco, uma nuvem que paira,
Alucinação, desvairado, ciúme louco,
Uma dor no peito, a garganta seca,
Respiração ofegante,
Gosto de sangue.
Água ardente, a alma está fraca,
A paixão o domina: todas as forças,
Sua energia, idéias fixas,
Um amor mal resolvido,
Problemas, ciúmes feridos.
Cervejas, uísque, misturam
Com o ódio, o coração acelera descompassado,
Um calor uma agonia.
Uma alma fraca, materialista, egoísta,
Fraco, desmorona esmorece;
Sem o objetivo mais importante da sua vida.
Fica tudo sem sentido, nada mais importa,
Nada tem valor;
Mais bebida, mais dor loucura.
Uma faca é fatal.
Sangue no piso, a morte chega, lenta,
Aos poucos tudo se apaga,
Como se a noite viesse lentamente,
Escurecendo tudo, entorpecimento, um vazio,
Ultimo suspiro, tudo se acaba por um momento...
Por essa passagem...?
Cláudio D. Borges.