Alturas
Naquele degrau nu de acesso
Onde repousei meu dorso, ouço
Ouço, ouço
Tua lânguida língua, límpida e coerente.
Meu corpo trêmulo, entende
Sinais da sua exaustão lírica, onírica.
Do alto daquele edíficio de sonhos, acomodei-me
Assim, completamente feliz
De quadris bambos.
E quando me olha, com esse jeito
De quem rolou nuvem abaixo
É que me encaixo, horizontal e dinâmica,
Feito uma lâmina
Reluzindo prazeres...