Atrás da Porta

Eu não estava ouvindo atrás da porta

Havia sonhado com um unicórnio e sua riqueza em forma de espiral

Mais sem querer ouvi meu pai conversar e me senti muito mal

Ele disse a minha mãe que vivo trancada num mundo transitório

Que minhas letras retratam uma realidade ilusória

Mal sabe ele que minha maior prisão seria não poder sonhar

Fico sem ar

Amordaçada, vendada, amarrada

Mais minha essência é livre e precisa voar

Não importa o lugar que meu espírito vá

Sou a moça que estende a mão para um unicórnio tocar

A pureza não esta só na virgindade

Mais na capacidade de um ao outro se doar

O unicórnio assim como eu não se deixa dominar

No passado fomos presas fáceis para se caçar

Então nos escondemos em meio a florestas densas demais

Na astronomia somos uma constelação no céu

Mais no fundo somos em Batatais apenas um cavalo branco e sua amazona Raquel

Temos medo no ser humano de novo acreditar

Por isso atrás da porta os ouvidos iremos tapar

Um sorriso no rosto mesmo que a vontade seja de chorar

Isso não é o princípio do fim

Precisa ser muito sensível para gostar de mim

Eu nunca fui poeta

Mais sempre mantive a porta aberta

Nós dois não somos um defeito genético

Apenas nascemos com o coração poético

Não vou explicar o que eu não consigo entender

Vou me deitar e de novo com o unicórnio voltar a sonhar

Livre pelos campos juntos e felizes a galopar

A arte nos dá a liberdade de voar

Mais só o livre arbítrio nos dá a oportunidade de escolher

Entre sofrer e amar

Eu escolho viver e sonhar...

Raquel Cinderela as Avessas
Enviado por Raquel Cinderela as Avessas em 15/10/2010
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