Meu Canto Vil
Vou andar
Com castas ideias
Num mundo desgastado
Onde pensar filosofia
Chamam de vadiar
Sem resenhas de soluções
O infinito fica esgotado
Carrego um lastro
Caso possa voar lasciva
Na alcova d’algum demente
Assim expulsá-lo para subir
É o desapego um mastro
Que repasso ao tempo
Meu único confidente
A glória é senil
E tanto vagueio em esperas
Revidando sortilégios
Em linhas sem mãos
Que meu canto é vil
Só alcanço o alvor
Em alicerces régios