Cronograma

Ontem, minhas mãos já assim tremiam

E meus olhos não, há muito, reluziam

Nada para que eu não me lembrasse

Das lágrimas se, talvez, elas secassem

Hoje, meus pés nem ao menos esquentaram

E aquelas pontadas na cabeça voltaram

Tudo para que eu não me esqueça da hora

E não me tranque do meu lado de fora

Amanhã, meus braços, por repúdio, sangrarão

E minhas pernas, por desespero, correrão

Só para que eu, finalmente, perceba

Parada não há nada que eu receba.

Eduarda Daibert
Enviado por Eduarda Daibert em 15/09/2010
Código do texto: T2498647
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.