A CARNE
Sempre ansiosa e tempestuosa ela agita,
Procura, deseja e aflita convulsiona.
Sente a loucura e se entrega ao drama,
Prova do veneno pelo qual o corpo reclama.
Sem pudor, não escolhe caminhos...
Segue a desrazão que a leva para a negra rua,
O vento profético anuncia o futuro...
O amor suicida se apossa da pele nua.
Arde em chamas no instante de morte,
Entrega-se ao prazer insano e maldito,
Nada importa, aquele momento é bem vindo,
Está só no seio das horas suicidas.
Até grita! Mas...
O prazer é quem manda e à razão desobriga.