Vício
Perdão se há tanto tempo eu não te ligo
Não posso me dar ao luxo de uma recaída
É verdade, estou sofrendo com a abstinência
O amor vicia, eu te digo!
E uma vez que a gente se encontra nessa vida
Falar de amor torna-se uma urgência
Por isso eu me fecho até que a necessidade cesse
Qual o casulo de uma borboleta
Qual um escafandro
Mas o ar está acabando
E o mar... E o som... O som da clarineta!
“Parece havaiano, não parece?”
Paciente em estado terminal
A falta agora já me faz mal
Mas o que fazer para conseguir mais?
Já leiloei meu coração nos jornais
Eu cansei de não saber o que fazer
Mas eu continuo sem saber
Eu nado, nado, nado... Nada!
Mais azul, mais ondas indo e vindo
São pessoas passando por uma estrada
São pessoas se divertindo
Todo mundo se diverte na estrada!
Por que só eu não estou rindo?