'"PORRA LOKA"
(Sócrates Di Lima)


Trago-lhe o sorriso meu,
E com ele minha saudade.,
Trago-lhe meu olhar que é seu,
E com ele um toque de fraternidade.

Trago-lhe flores,
E com elas minha saudade.,
São fragrâncias sem pudores,
Que sintetizam minha sanidade.

Não quero ser sano,
Pois, a sanidade me crucifica.,
Prefico ser insano,
A loucura me identifica.

Posso e sou um "porra loka",
E o que me importa!
O que sai da minha boca,
São palavras que me conforta.

A minha loucura é o meu guia,
O Santo é, minha outra metade.,
Prefiro a metade que me alicia,
A metade louca que me invade.

Cheguei a insana conclusão,
Que o normal é ser amalucado.,
E a maluquez é minha salvação,
Que me faz normal e ponderado.

E no meu descacholamento neurotizante,
Nada me abala, nem me importo com a queda,
Sou mais eu, rio do tolo conformante,
Eu não me conformo de ser um tolerante de "merda" 

E onde anda a cultura...
Das palavras que se lê.,
Vejo que tudo se mistura,
No certo, não se crê.

A poesia é para o poeta,
Sua forma de exposição.,
O normal é algo que na certa,
Deixa a poesia sem afirmação.

E por tudo que já escrevi,
Minha cartas de amor.,
Em cada lavra aprendi,
Que não importa o rigor.

O que importa é o que fala o coração,
Usar um termo que identifica um estado de espirito.,
É a melhor diagramação.,
O ético, o correto, passa a ser apenas um grito.

E porque ser sano,
Se a sanidade não faz a felicidade.,
Prefiro ser um poeta insano,
E viver da minha realidade.

Não sigo dógmas e a ninguém,
Nem quero que me sigam.,
às vezes sou um profano também,
Ñada mais me identificam.

E, por fim, trago o melhor de mim,
Certo ou errado, não me interessa.,
O que vale é que busco do principio ao fim,
Viver a loucura do amor, o resto, não tenho pressa.

Trago-lhe flores...
E com ela minha irresignação.,
Por ter que contrariar as dores,
Da saudade que toma meu coração.

He..he..he...rio da minha forma de ser,
Mas, assim, não marco toca.,
Sou um poeta diferenciado, dá-se a perceber,
E por isto, sou um contraditório, um "porra loka".

Sinto uma saudade da "porra",
De tudo que vivi na minha variação.,
Sano e insano, prendo-me á masmorra,
Que está dentro do meu próprio coração.

Prendo ali, toda a minha felicidade,
Para vive-la a todos os momentos meus.,
Na distância morrer de saudade,
Na loucura ter o perdão de Deus.

Trago flores para perfumar a saudade,
Mesmo eu me taxando de um "porra loka".,
Trago também meu sorriso e olhar de felicidade.,
E ter a certeza que louco ou não, amo com o coração na boca.


Jardinópolis-SP., 13/07/2010 - Registrada



Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 13/07/2010
Reeditado em 13/08/2010
Código do texto: T2374822
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