O TESOURO DE PANDORA

No fundo

da caixa de Pandora

restou a esperança.

Dentro de meu baú

está a loucura.

Ora calma,

dormente.

Ora bravia,

insana completamente.

Dorme e acorda.

Sonha e tem pesadelo.

Ora pacífica,

ora relutante.

Quando adormece

viaja por campos impossíveis.

É louca o bastante.

Quando desperta

parece dragão fumegante.

Ela está lá

dentro da canastra.

Quando acho

que não conseguirei mais

mantê-la trancada,

Pandora

se aproxima

e me deixa entrever

o tesouro de sua caixa.

Barbacena,MG - 28/03/2010

LLisbôa.

POEMA 19 - CADERNO: VOLTANDO PARA CASA

Leonardo Lisbôa
Enviado por Leonardo Lisbôa em 23/06/2010
Reeditado em 24/07/2012
Código do texto: T2337466
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