O TESOURO DE PANDORA
No fundo
da caixa de Pandora
restou a esperança.
Dentro de meu baú
está a loucura.
Ora calma,
dormente.
Ora bravia,
insana completamente.
Dorme e acorda.
Sonha e tem pesadelo.
Ora pacífica,
ora relutante.
Quando adormece
viaja por campos impossíveis.
É louca o bastante.
Quando desperta
parece dragão fumegante.
Ela está lá
dentro da canastra.
Quando acho
que não conseguirei mais
mantê-la trancada,
Pandora
se aproxima
e me deixa entrever
o tesouro de sua caixa.
Barbacena,MG - 28/03/2010
LLisbôa.
POEMA 19 - CADERNO: VOLTANDO PARA CASA