O Exercício do Lamento

Um dia de sol no copo d'água

Uma tempestade na areia

Uma folha voa sob o vento

Um violão morto em desalento

A música do silêncio

Ecoa para o além

O exercício do lamento

Acabou de nascer...

Lamento não ter me disciplinado

Lamento não ter tocado música

Lamento não ter criado

Lamento não ter respirado

O meu exercício tornou-se lamento

A minha disciplina tornou-se invisível

Talvez exercitando o meu lamento

Eu possa expressar a lemuria esquecida

E nasce uma nova ordem

De exercitar aquilo que foi esquecido

De expressar todo o passado envolvido

E finalmente achar o diálogo perdido.

Lamento ter sentido tanta inspiração

E ter exercitado a preguiça

Lamento ter sentido tanta emoção

E ter agido com tanta injustiça

O novo passo é dar ordem

Organizar meus pensamentos

Exercitar a criação

Como algo envolvente

Exercitar o oposto do lamento

Aproveitar as oportunidades ao alento

Ser a própia tempestade de areia

Sendo a própria folha sob o vento

A Lilianigena
Enviado por A Lilianigena em 24/05/2010
Reeditado em 24/05/2010
Código do texto: T2277543
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