Nunca fui santa

Nunca fui santa, nunca fui beata

Não gosto do doce ou do salgado

O que eu gosto mesmo é do amargo

Meu martírio é causado por tudo o que não fiz

E minha paz, por tudo que fiz

Inconseqüência e loucura são a minha rotina

Gosto correr risco e ter adrenalina

Mas, tão jovem, e já suicida

Eu só não encontro motivos pra essa vida

Queria ser estrela,queria ser amada

Mas não! Tenho de ficar calada!

Não sabem de minhas franquezas

E se não souberem, logo me torno realeza!

O desconhecido me amedronta e me atrai

O conhecido me enjoa e esvai

Meu destino eu mesma traço

Quando me dou bem, eles correm pro abraço!

O contraste perfeito entre o fogo e o gelo

Sou praticante do desmazelo

Me perdi em minha solidão

E o que vivo é só desilusão...

Tamires Ibraima
Enviado por Tamires Ibraima em 19/05/2010
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