Mortos Vivos

Esta é a desgraça, meu velho!

Não vê ela a sua volta?

Entupindo suas narinas

Sondando seus pensamentos

Destruindo seus acalentos

São esses homens, vastos homens.

Todos podres com suas feridas expostas

Eles só querem se alimentar de você

Querem te entorpecer, de putrefato medo.

Trazendo no seio, grande vontade de morrer.

E eles não são culpados, são obrigados a fazer isto.

Você corre, incansavelmente corre.

Esperando se salvar, esperando se esconder.

Até que suas pernas percam a força.

Teu coração a veracidade de crer

Que há uma luz no fim do túnel

Aconselho-te, não ouça, não veja, não leia.

Tais palavras, elas irão te fazer ver

Que não adianta fugir. Ou saber de onde vêm

Pois foi uma virose que os criou.

E quer tomar a ti também.

Você meio que vai perdendo sua escolha

Até que nada reste, até que algo te toma!

Tua ultima lagrima de esperança!

Autor: Álvaro França