A Festa dos Aladins
Não mais manto que a noite
Não mais claro que a Lua
Nem tão rude quanto a foice
Solitário como a rua.
Tão natural que todos olham
E só vê os que merecem
Tão mortal que poucos sabem
E só vive os que percebem
Que ali, aqui a fada branca
Já cochila e assim padece.
Não mais vivo que a flor
Não mais cor que o arco-íris
Nem tão feio quanto o amor
Labirinto e diretrizes.
Tão perfeito que até erra
E acerta ao dizer que sim
Tão sábio que ama a terra
E a flor-de-lis que ama a mim, e
Que ali, plantada não fala
Não cala de pólem em seu festim.