Os Paradoxos da Vida

Os paradoxos da vida,

São tamanhos que não posso contar

É tão complicado viver dia-a-dia

São sentimentos que não consigo demonstrar

Eu sou uma pessoa totalmente livre,

Mas aqui estou preso.

É algo que não existe.

É ter um sonho que dá pesadelo.

É sentir a vitória derrotada,

É perder tudo e perder nada.

É servir o perdedor

É matar o matador.

É não ter pernas e caminhar

É voar até as nuvens de algodão

É sentir fome e ter o pão.

É resolver simples problemas

De formas complicadas

É sentir o cheiro de alfazema

E perceber o gosto da desgraça!

É viver para trabalhar

É trabalhar para sobreviver.

É não conseguir descrever

o calor de um abraço.

É não conseguir perceber

A falta que eu faço.

É viver esperando o dia da morte

É morrer sem contar histórias

Esperando o dia de sua sorte

É perder nada e perder toda a glória.

É não ter braços e abraçar

É não sentir e poder amar.

É querer fugir

Sem ter lugar aonde ir.

É querer morrer só pra se mostrar

É querer matar por procurar morrer

É elaborar dilemas

E ter uma só opção

É antecipar de antemão

O gosto terrivelmente bom

Dos problemas.

É cair na rotina

Tendo milhões de alternativas

É ter filhos e filhas...

E não amar o menino, ou, a menina

Eu sou aquele carrasco

Que agora chora de dor.

Eu sou aquele abraço

Que não tem nenhum amor.

Não tenho pernas para caminhar,

Mas, percorro o caminho do amor.

Não possuo um coração para amar,

Mas posso sentir teu calor!

Fábio Pimenta
Enviado por Fábio Pimenta em 16/07/2009
Reeditado em 30/10/2012
Código do texto: T1703655
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