A Impermanência de ser

Sou mutante

errante

num mundo serial.

Me viro ao avesso

enlouqueço

entre o mutirão de pensamentos

que me invadem

sempre aos atropelos.

Vagando nua na impermanência

minha consciência

revela-se impertinente.

Entro no olho do furacão

sem medo

e me entrego à ela

na loucura desesperada de sorver

cada vez mais

as infinidades

intensamente provocada

sinto o mar revolto de palavras

que despertam meus sentidos

e me envolvem

numa dança malabaristica

da criação iminente

explode em mim

como uma tempestade raivosa e revolta

mas na calmaria

doce brisa de sensibilidade

torna essa louca impermanência

meu julgamento.

Aleguedes
Enviado por Aleguedes em 15/07/2009
Reeditado em 23/04/2014
Código do texto: T1701889
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