A Impermanência de ser
Sou mutante
errante
num mundo serial.
Me viro ao avesso
enlouqueço
entre o mutirão de pensamentos
que me invadem
sempre aos atropelos.
Vagando nua na impermanência
minha consciência
revela-se impertinente.
Entro no olho do furacão
sem medo
e me entrego à ela
na loucura desesperada de sorver
cada vez mais
as infinidades
intensamente provocada
sinto o mar revolto de palavras
que despertam meus sentidos
e me envolvem
numa dança malabaristica
da criação iminente
explode em mim
como uma tempestade raivosa e revolta
mas na calmaria
doce brisa de sensibilidade
torna essa louca impermanência
meu julgamento.