Flor (quebrando as grades da realidade )
Flor
Dias lentos;
Dias escuros;
Uma forte neblina de tormento
Esconde o horizonte que se chama futuro;
Ouve-se o grunhido das sombras que reinam
E que doem no fundo,
De uma alma perdida,
Em um confuso mundo.
Mas não importa aonde;
No meio das trevas;
No meio das pedras
A uma flor que nasce e nos leva
A esquecer por um segundo,
A violência dos corpos,
A ignorância das mentes,
A corrupção das almas.
É uma flor, é uma promessa;
É a flor que nos trás a lembrança do sol;
É a mais pura, singela e forte flor;
De toda cor,
De toda forma,
“É à flor do amor.”