MORENA ASSASSINA
Pela fresta da janela
Lá vem ela sorrateira...
Personagem baudelairiana,
A une passante!
Metamorfoseia-se...
Num luto... , entristecida.
Roda por sobre a braseira.
De repente,... assustado,
Filhote enegrecido,
Escapa da morte!
Um cheiro putrefato
Perfuma o ar
Odor de carne
Em decomposição!
Tal qual, Medusa
Arranha, flutua, petrifica...,
Sua macabra persona
Por nossas cabeças
Num ir e vir, incansável
Negra figura, longilínea
Entra pelas frestas
Explode, implode
Faz a festa...
Pelos campos e cidades
Destruindo,
Poluindo,
Matando,
Maldita.
Morena assassina...,
Criminosa,
Queimada da Cana!