RIBALTA
Abrem-se às cortinas,
Acendem-se os refletores,
para uma peça de teatro
dê um drama de amor,
monólogo encenado
por um grande ator.
Nesta noite foi diferente,
o ator esteve fabuloso...
As lágrimas derramadas,
E o choro compulsivo,
deram a peça uma beleza,
como nunca fora visto.
Mas, o que ninguém sabia,
que em sua intimidade...
o drama que ele vivia
era igual a que encenava.
Chega ao final da peça,
o teatro em delírio...
Aplaudem o grande ator,
gritos de bravo! Euforia...
Ele chorava a sua dor,
enquanto o povo aplaudia.
Voltando para o camarim,
um tiro então se ouviu,
seu corpo estirado no chão,
e, um bilhete de despedida:
Fecho a cortina da ribalta,
dê minha cruel encenação!
Ninguém mais vai aplaudir,
o meu drama, meu sofrer...
Os refletores... Apaguei,
Nem aplausos, nem mais choro,
o show da minha vida encerrou!
Esse foi meu último ato,
Para sempre... Adeus.