RIBALTA

Abrem-se às cortinas,

Acendem-se os refletores,

para uma peça de teatro

dê um drama de amor,

monólogo encenado

por um grande ator.

Nesta noite foi diferente,

o ator esteve fabuloso...

As lágrimas derramadas,

E o choro compulsivo,

deram a peça uma beleza,

como nunca fora visto.

Mas, o que ninguém sabia,

que em sua intimidade...

o drama que ele vivia

era igual a que encenava.

Chega ao final da peça,

o teatro em delírio...

Aplaudem o grande ator,

gritos de bravo! Euforia...

Ele chorava a sua dor,

enquanto o povo aplaudia.

Voltando para o camarim,

um tiro então se ouviu,

seu corpo estirado no chão,

e, um bilhete de despedida:

Fecho a cortina da ribalta,

dê minha cruel encenação!

Ninguém mais vai aplaudir,

o meu drama, meu sofrer...

Os refletores... Apaguei,

Nem aplausos, nem mais choro,

o show da minha vida encerrou!

Esse foi meu último ato,

Para sempre... Adeus.

WILSON FONSECA
Enviado por WILSON FONSECA em 17/05/2006
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