São duas da madrugada,
Deste dia que não quero que nasça.
São tantas coisas a considerar...
E eu que pensei ter esquecido,
Deixado para trás seu domínio,
Meu ser confirmava isto.
De alguma forma
Permiti que atravessasse a porta para minha vida.
Violou meu lar,
Carregou-me em seus braços.
Envolta,
Fugindo do frio,
Caio, sem saber,
Em mais uma de suas armadilhas.
Permito que me invada,
Confunda as certezas que possuía.
Só mais uma noite.
Última recaída minha.
Você me beijou em ruínas,
Aprisionou esta música em minhas paredes,
Escreveu sua carta de amor em minha pele.
Conheço seus gestos como se meus fossem.
Posso acostumar-me a isto.
Admito o que faz meu coração partir.
Pelo menos até o amanhecer vou evitar pensar.
Culpa de seus abraços das duas da madrugada.
Karla Hack dos Santos
Enviado por Karla Hack dos Santos em 19/04/2009
Código do texto: T1548279
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.