O BEIJO
(Sõcrates Di Lima)
Sonho com um beijo de ternura,
E eu quero este beijo eterno.,
Desejo este beijo com ardura,
Como um beijo na folha de um caderno.
Quero esse beijo que tanto me fascina,
Um beijo de extrema doçura,
Que me tire desta minha sina,
De beijo breve e amargura.
Beijo de despedida, que eu não quero,
Beijo de chegada,
Da vinda de alguém que eu espero,
Beijo selvagem, de pegada ardente.
Quero um beijo que não tem fim,
Que comece em algum momento.,
Mas que fique colado em mim,
Tatuando meus lábios, marcando o momento.
Não quero o beijo de Judas,
Nem o beijo da ilusão.,
Quero um beijo que te sacudas,
Um beijo de intenso tesão.
Quero um beijo de batom vermelho carmim,
Que marque até a alma minha.,
E deixe na boca um gosto de alecrim,
Orvalhado pela ternura que sõ tem na boca de uma anjinha.
O beijo lascivo faz o corpo tremer
Faz o tesão aflorar feito um vulcão,
Espasmos, orgasmos que faz gemer,
No ápice extremo da copulação.
Quero o beijo da madrugada,
Um beijo cheio de ardor.,
Um beijo silencioso, sem dizer nada,
Que demonstre o mais intenso amor.
Quero um beijo insano,
Sem dimensão do real,
Fantasioso, profano,
Que fuja do seu normal.
Quero um beijo que transcende,
Que tire o fôlego extenue.,
Que o corpo inteiro acende,
E o desejo grite, - continue...
Quero um beijo molhado no vinho,
Com gosto de quero mais.,
Envolvido no calor do nosso ninho,
Um beijo selvagem que não de esquece jamais.