Rotina

A rotina cáustica

Corroi meu cérebro

Enserrando-o num escuro féretro

Como fétida alcova!

Ela vem como doce vinho

Enebriando minha mente

Que vibra latente

E deixa-se cair sobre o linho!

Mas no fim suas presas mordazes

Revelas-me, e me mostras as mazelas

Que tu afavelmente me destes

Embalsamada num leito de sono

Onde sou assoitado por pedras

E corrompes meu sonho!