INSISTÊNCIA QUASE INSANA(Poema N. 22)
(Sócrates Di Lima)
Meu coração vive nessa insistência,
De morrer de saudade, vontade e paixão.,
Mas, tem hora que chega a inconveniência,
De bater nessa tecla em convulsão.
Isso tudo alivia o meu peito cansado,
Mexe com meu metabolismo na certa.,
Faz-me bem, me deixa sossegado.
A espera desse amor numa vontade concreta.
Há momentos que tenho raiva de mim,
Em não controlar essa ansiedade.,
Pior do que isso, sinto um aperto ruim,
É o aperto da dor de uma inusitada saudade.
O que devo fazer?
Correr ou ficar estagnado!
Apagar a luz do meu cérebro e crer,
Que não passa de sonho descontrolado.
Não desejo-me esse meu momento triste,
Que me dá vontade de sair por ai sem destino.,
Ir ao encontro dela esse momento que insiste,
Em me fazer homem, moço e menino.
Pelo menos o menino sonha, vive de ilusão,
O homem se atormenta em suas paixões.,
Ama e se acaba quando esse amor rasga o coração,
E o menino ri, não chora por causa dessas emoções.
São por essas razões que me agracio,
Ao deixar-me prisioneiro dos meus desejos queridos.,
Quero então preencher este vazio,
Que ela deixa quando em silêncio me deixa esquecido.