GOZAR DO AMOR (poema para Basilissa n. 08)
(Sócrates Di Lima)
Dizem que sou poeta,
Cantor das ilusões.,
Cancioneiro do amor na certa,
Violeiro sem violões.
Dizem que sou cantador,
De sonhos e fantasias,
Mas na verdade sou trovador,
Das minhas dóceis melodias.
Não sou poeta coisa alguma,
Escrevo meus sonhos e desejos,
Escrevo minhas saudades, uma a uma,
Que me equilibram nos meus molejos.
Sou molécula marcada,
Átomos radioativos.,
Que contamina certa alegria desejada,
Pólos atraentes, princípios ativos.
Sou apenas aprendiz,
Por mais que envelheço nada sei.,
E o que sei, pelo meu saber nada fiz,
Senão viver daquilo que sonhei.
Dizem que sou romântico,
Tenho voz de veludo encantado.,
Mas no fundo um semântico,
Vivo a indicar-me para ser amado.
Sou um eterno candidato,
A tudo que houver de bem querer.,
Sou até candidato a candidato,
A morrer de amor quando precisar viver.
Não sou poeta não senhor,
Quem me lê tem coração sensível.,
Já viveram longas histórias de amor,
E hoje tem um coração quase esquecível.
Não sou poeta, apenas transeunte de precavidos,
Dos que vêm, dos que vão pela vida a fora.,
Transitando corações vagantes, esquecidos,
Migalhando sonhos desde os tempos de outrora.
É o que sou minha Basilissa Menina!
E se quiser que eu mude, não perca esperança.,
O que eu quero é chegar, ficar e ir embora,
Gozar do seu amor com toda perseverança.
(Em 17/12/2008 – Registrada)