Imagem do nada

Em contraste com o seu universo

Viciam as horas calmas pela noite

Nos mais sombrios de seus pensadores

A mágoa nefasta lhe arrasta ao horror

Semeias a dor que lhe consome

O Pânico procura lhe beijar

Profundamente incendiando a sua alma

Ouçam os soluços das trevas pelo ar

O céu veste-se de medo

fluidos de tanto misticismo

Sepultem as glorias que te alimentam

Distinto poder vazio

Seu retrato é a timidez insana

Feres o corpo que lhe rodeia

Bebes a loucura disfarçada

Tragando desejos pela ultima ceia.

Lábios amargos da desgraça

Súditos venenos agonizantes

Em seu cálice mais uma gota de ilusão

Sentença da imagem apocalíptica.

Ânsia voraz que te alivia

Simples rugido que rasga um movimento

A besta famulenta que dança ao invisível

Colírio dos desabrigados pela fé

O museu do futuro é apenas uma repetição

Seu autor usa mascara do nada

Teoria da farsa como delírio salivante

Borbulhas na existência pela morte ingrata.

Didiovieira
Enviado por Didiovieira em 26/09/2008
Reeditado em 27/09/2008
Código do texto: T1198475