Aflitos

Da chuva que cai gritando

Faço esconderijo de meus gritos

Que saem assim, sufocando

Meus versos, aflitos! Aflitos!

Conflitos! Assim vagamos

Alma, corpo, vinho, conflitos

Comemos, bebemos, amamos,

Inevitavelmente, aflitos! Aflitos!

Pára a chuva! No mormaço deitamos

Suor, sangue, amor e delitos

Tal qual dois vagabundos tiranos

Amor e carne, aflitos! Aflitos!

Pára tudo, então amamos

Finalmente, os dois, aos gritos

Sarcásticos! Já nos alegramos,

Não menos aflitos! Peritos!