O bucho do céu
Duas feiticeiras faceiras
Sem quaisquer besteiras
Voam sem dar rasteiras
Misturam seus ungüentos
Num caldeirão suculento
No cardápio da emoção
Uma a musa Penélope
A outra a diva Buarque
Saltitam magia e arte...
Das Enises sem varises
Às Roses... bem felizes
Poetisas de boas matizes
Recorro então ao Zé da Luz
Poeta do começo do século...
Com seus versos...espetáculo!
‘Ai ‘se sêsse’ que enternece...
Como se quisesse numa prece
Trazer você para minha messe
Cochichei pra todas as flores
Que eu não preciso de virgem...
Que quero é furar o bucho do céu
Romper o hímen das nuvens
Levando você no meu arrebol
Despidos e sem nenhum lençol
Que fosses comigo como anzol
Para pescar... a tal da felicidade
E viver contigo para a eternidade
Mesmo indo pelas beiradas
Dos precipícios e hospícios
Vencendo todos os reboliços
Carrapichos e estropícios
Buchadas de bode e pagodes
Ancas e buzanfas que sacodem
Mas cadê você... meu bem?
Não me diga que não pode?!
Ai se sêsse! Vixeee santa!
Hildebrando Menezes
Fonte de inspiração: Veja o vídeo
http://www.youtube.com/watch?v=RJQC1w0yRbk