Atrapalhada II
E o pesadelo continua a me rondar
Não sei mais o que faço vivo a sondar
De enfermeira à palhaça eis a questão
indiferente às chacotas tenho opinião
Dos curativos me safei, sou até mestra
capricho sem igual sem ser ambidestra
ocupada com outras coisas me esqueço
tomar meus remédios é o meu tropeço
Se a mente não me atrapalha - que alegria
Não troco nenhum deles sem qualquer ironia
De dia e de noite - é um tremendo sufoco
cores e tamanhos diversos um eterno troco
Solícita me prontifico a dar banho no Tom
Um cocker falsificado mas carinhoso então
Me vejo molhada inteira e na dúvida fico
Se o banho é dele ou meu -e não me ligo
Falo com Tchutchuca uma basset velhinha
de olhos tristes,dona do pedaço a danadinha
Dengosa sem igual mas ela não me obedece
Só pensa em guloseimas e depois esquece
Minha vida deu uma guinada de 360 graus
decerto o divino descontará esses degraus
Não é fácil ser bombril com as mil utilidades
das coisas sérias e também das banalidades
O tempo é curto e mal aproveito a ocasião
De rascunhar baboseiras agindo como ladrão
Sorriso maroto me coloco a pensar sem jeito
Será que haverá alguém lendo isso sem trejeito????