O CASO PERDIDO

Aquele rapaz era mesmo um caso perdido.

Pediu ajuda ao seu melhor amigo.

Disse a ele que estava apaixonado por uma moça;

Mas perto dela, nenhuma palavra lhe saia da boca.

E que ele tremia feito vara verde;

E sua boca queimava de tanta sede,

O coração pulava mais que pipoca na panela;

E suava tanto que molhou o pé dela.

O amigo riu e pediu para que fosse mais ousado.

Mas então ele a assustou, vestido de palhaço.

Faça algo diferente, que ela se apaixona.

Ele foi pra escola num burro, e a ofereceu carona.

De a ela um presente que ela jamais se esqueça.

Ele lhe deu uma galinha de borracha. Que tristeza...

Mas rapaz, convide-a então para um cinema.

Ela disse que não, e também que de mim sentia pena.

Mas você a convidou pessoalmente?

Não! Não necessariamente...

Mandou a ela um bilhete apaixonado?

Estava mais para um recado...

Meu Deus! Não me diga que mandou por email!

Não. Eu mandei por um pombo-correio...

Poeta imaginário
Enviado por Poeta imaginário em 09/03/2018
Reeditado em 09/03/2018
Código do texto: T6275273
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