Até que o Celular os Separe
Celular é coisa boa
Mas às vezes atrapalha
Tem gente que não desliga
Já não dorme, nem trabalha
Pra esses eu aconselho
Não se deixe escravizar
Pelo seu próprio aparelho
Na rua é um desastre
Olhando o tal “zap zap”
Não vê poste, não vê gente
Não vê carro, não vê nada
Atravessa sem cuidado
Às vezes nem se dá conta
Que o sinal está fechado
Já no ônibus, o vivente
Pensa que está sozinho
Quando sentado, abre os braços
Cutucando o seu vizinho
Se está em pé é um Deus me livre!
Vai bancando o equilibrista
Curte, envia e compartilha
E se cai estatelado
A culpa é do motorista
Quando chega do trabalho
Não dá alô para os filhos
Não dá olá para a esposa
E nem um beijinho nela
Tem que checar as mensagens
De olhos fixos na tela
A mulher negligenciada
Numa dessas te dispensa
Com uma bela mensagem
Dizendo que para casa
Não precisa mais voltar
E que seja bem feliz
Com seu dono, o celular