O trema
Não há mais o trema
Na base não trema
Na prosa ou poema
Não faça novena
Se os dois pontos faltar
Em nada vai mudar
Sua rima, seu verso
Em qualquer universo
Vão poder interpretar
Não ache estranheza
Pois dizem com certeza
Que continuará a beleza
Do nosso falar
O trema não muda
Não atrapalha e não ajuda
Nosso linguajá
Que pena, pobre coitado
Está desempregado
Perde a língua portuguesa
Agora a linguiça na mesa
Perdeu os seus olhos
Mas não o paladar.