UM BATE, O OUTRO APANHA...*
Às vezes o coração
Para chama atenção
“Dá uma de valentão”
E deixa a razão na mão...
Como em dois se divide,
Aquele que bate, decide
A vida só na pulsação,
E parar, não pode não...
O que apanha. Coitado!
Fica muito alvoroçado,
Com certas situações,
À mercê das emoções...
Embora em dois divididos
Os corações desunidos
Completam-se em condição
De muita complicação...
Um é bom, outro é mau...
Por fim o mais atrevido
Declara o outro bandido
Sem definir qual é qual...
Pois se a luta não aplaca
Ninguém decide a parada
Ficam doentes, se matam...
Eles, e o conflito acabam...
Vão para outra morada,
Sem passagem comprada,
Unidos no plano astral
Ambos no mesmo final...
* Núcleo Temático Filosófico.
Ibernise M. Morais Silva. Indiara (GO), 29.11.2006.
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