ME ESPERA VÉIA, TO CHEGANDO
(Sócrates Di Lima)
O amor me espera,
Na curva da estrada,
Nos braços sonhos, deveras,
Sem pressa, sem nada.
E nada precisa,
Senão amor em erupção,
A alma concisa,
Saudade no coração.
No peito a ansiedade,
No sorriso o agito,
No semblante a saudade,
No olhar o infinito.
O amor me espera,
Na curva da estrada,
Da via Anhanguera,
Na sua morada.
O amor me espera,
No sonho encantado,
Em mil quimeras,
Num abraço bem apertado.
E quando á tarde o Sol se for,
Num dia de intenso calor,
Levo todo o meu amor,
Sem tirar nem por.
Então meu amor, me espera,
Que qualquer hora eu vou,
Seguirei a Via Anhanguera,
Pois troncho de saudade eu estou.
Qualquer dia,
Qualquer hora,
Por ora, a poesia,
É a minha demora.
Minha linda e meiga Véinha,
Dona Maria Basilissa,
Espera a chegada minha,
Logo depois da missa.
Me espera, vá se arrumando,
Coloca flores e vinho,
Eu estou chegando,
Falta só pegar o caminho.
To levando um caminhão de cerveja,
E dois canudinhos,
Vai ser uma peleja,
Esvaziar este tanquinho.
Mas, lá vamos nós,
E não vai ter jeito,
Vou voando veloz,
Levando a cachaça e a saudade no peito.