A Venerável Entidade do “Adeus”

Ah, mas ela me faz muita raiva!

Como pode ser assim debochada

Com coisa tão sagrada

E nem sequer sentir culpada?!

Só porque eu disse adeus e voltei atrás

Agora não tenho paz

E pra ela tanto faz

Se despedir com “adeus” ou bye-bye

Será que não sabe a diferença

De uma pra outra sentença?

É questão de ausência e presença!

Parece até que nem pensa...

Quando me manda um torpedo

Chego a tremer de medo

Se no final do enredo

Lá está o “adeus” feito brinquedo

E eu tento decifrar

Se é só por amanhã ou o mundo se acabar

Então sou obrigado a ligar

E meio sem graça perguntar

Eu sei que dei bola fora

Pois minha consciência me cobra

Mas quanto tempo seu castigo demora?

É a dúvida que me devora...

Zomer
Enviado por Zomer em 11/10/2010
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