A Venerável Entidade do “Adeus”
Ah, mas ela me faz muita raiva!
Como pode ser assim debochada
Com coisa tão sagrada
E nem sequer sentir culpada?!
Só porque eu disse adeus e voltei atrás
Agora não tenho paz
E pra ela tanto faz
Se despedir com “adeus” ou bye-bye
Será que não sabe a diferença
De uma pra outra sentença?
É questão de ausência e presença!
Parece até que nem pensa...
Quando me manda um torpedo
Chego a tremer de medo
Se no final do enredo
Lá está o “adeus” feito brinquedo
E eu tento decifrar
Se é só por amanhã ou o mundo se acabar
Então sou obrigado a ligar
E meio sem graça perguntar
Eu sei que dei bola fora
Pois minha consciência me cobra
Mas quanto tempo seu castigo demora?
É a dúvida que me devora...