O OUTRO EU
(Sócrates Di Lima)
Bato de frente comigo mesmo,
Entre Eu e Eu, tem que haver um vencedor.,
O outro Eu, vive a ermo,
Brinca da vida, brinca com o amor.
Muitas vezes me coloco,
Frente a frente, Eu e Eu no nosso espelho.,
O olhar fixo é o foco,
Para descobrir quem fica vermelho.
É até engraçado,
Quando eu me provoco.,
A inteligência de um faz resultado,
Quando pelo outro Eu, me troco.
Mas o que me importa,
É que uma hora eu terei que me vencer.,
Eu comigo tranco a porta,
Para não ver o outro Eu crescer.
E isto é uma chatice.
Brigar comigo mesmo por nada.,
Mas na verdade, é idiotice,
Brigar comigo a fogo e espada.
Minha vida seria uma mesmice entediada,
Esquecer que eu sou meu próprio inimigo.,
Eu me coloco em cada enrascada,
Apesar que o outro Eu, pode ser meu amigo.
Eu preciso brigar comigo.
Me punir muitas vezes por erros efêmeros.,
Porque o outro Eu me põe em castigo,
Quando me esqueço que tenho vida em números.
Ah! Esta eterna batalha,
Eu comigo, numa rixa sem fim.,
Mas, ainda vou vencer este Eu canalha,
Que é o outro eu, que zomba de mim.
Eu, por certo me mereço.,
Entre Eu e Eu, tem tudo a ver.,
E por conta disto Eu, comigo padeço,
E isto só vai acabar, quando um de nós morrer.
He..he..he... eu to ferrado comigo mesmo!