AMOR. EM UM , DOIS, TRÊS - II

Fiz besteira outra vez

Eu as amava,

As adorava.

Vivia feliz acreditando

Na pureza que me juravam,

E incrivelmente de anjos as chamavas!

Na ânsia de também ser amado,

Eu era miseravelmente roubado.

Custei a acreditar! Todos me diziam,

Que livremente, dinheiro,

Viviam a rodo a gastar!

Sempre achei que gastavam o natural

E se fosse conferir, lhes causaria um mal estar,

Seria uma prova de nelas não confiar,

Pois tinham, por mim concedida

Total liberdade para de ele desfrutar.

Incrédulo, até a polícia quis chamar,

Ainda bem que me aconselharam:

O que adianta? De bobo você bancou,

E se as deixavas livres,

O que queres agora reclamar,

O que pensas agora provar?

Hoje, estamos os três separados,

Apesar de tudo, eu vivo acabrunhado

Pois era imenso o amor dedicado,

Que não me conformo ver tudo acabado.

E além de não tê-las, eu choro dobrado

Pelo meu rico dinheirinho, que tentei,

Mas não ouve jeito de o tê-lo recuperado.

Se pelo menos isto me servisse de lição

Eu ficaria contente e fecharia o coração,

Mas não tem jeito, eu não me arrependo,

E fala mais alto a vontade de amar,

E é só questão de tempo, para que este tolo,

Novamente venha a se apaixonar

E novas agruras comece a passar.

Elio Moreira
Enviado por Elio Moreira em 18/01/2009
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