AMOR. EM UM , DOIS, TRÊS - II
Fiz besteira outra vez
Eu as amava,
As adorava.
Vivia feliz acreditando
Na pureza que me juravam,
E incrivelmente de anjos as chamavas!
Na ânsia de também ser amado,
Eu era miseravelmente roubado.
Custei a acreditar! Todos me diziam,
Que livremente, dinheiro,
Viviam a rodo a gastar!
Sempre achei que gastavam o natural
E se fosse conferir, lhes causaria um mal estar,
Seria uma prova de nelas não confiar,
Pois tinham, por mim concedida
Total liberdade para de ele desfrutar.
Incrédulo, até a polícia quis chamar,
Ainda bem que me aconselharam:
O que adianta? De bobo você bancou,
E se as deixavas livres,
O que queres agora reclamar,
O que pensas agora provar?
Hoje, estamos os três separados,
Apesar de tudo, eu vivo acabrunhado
Pois era imenso o amor dedicado,
Que não me conformo ver tudo acabado.
E além de não tê-las, eu choro dobrado
Pelo meu rico dinheirinho, que tentei,
Mas não ouve jeito de o tê-lo recuperado.
Se pelo menos isto me servisse de lição
Eu ficaria contente e fecharia o coração,
Mas não tem jeito, eu não me arrependo,
E fala mais alto a vontade de amar,
E é só questão de tempo, para que este tolo,
Novamente venha a se apaixonar
E novas agruras comece a passar.