Paródia das Guerras Absurdas!
Paródia das Guerras Absurdas! (221)
Foi, numa terra distante,
Terra, da minha fantasia,
Acontecimento circunstante!
Não sei se passou, à noite ou de dia,
Coisas da vida, sempre operante!
Coisas, de velhas desavenças,
Desta humanidade, de clãs,
Geradas por tensões, agudas e tensas!
Lembra, o coaxar das pequenas rãs,
E o roubo dos ratos, nas dispensas!
Como afirmei; não passa de fantasia,
Dum suposto almirante, afunda naus,
Tudo lendas, que não se passariam!
E dum general, caça lacraus,
Que quase em guerra, se envolveriam!
Com o magro, orçamento real,
Foram comprando, armas usadas,
Para darem cabo, do cabedal!
E para se deleitarem, em paradas,
Fazendo correr notícias, no jornal!
Os dois velhos, militares e opositores,
Recrutaram, soldados e marinheiros,
E também, uns barcos a vapor!
Serviço de transmissões, “os alcoviteiros”
Apoiados, por interesseiros patrocinadores!
Juntaram muitos e variados, mantimentos,
Também armas, e algumas munições,
Mais um trem, de usados de fardamentos!
E na sucata, compraram canhões,
E algum material, de transmissões!
Num dia combinado, e especial,
Depois de instruídos, os recrutas,
Com a honrada, presença real!
Passearam, todas as armas brutas,
E exercitaram-se, pelo areal!
Escolhidos os campos, de confrontação,
Pelo método, de moeda ao ar,
Cada um, alojou a sua guarnição!
Atacariam uns por terra, outros no mar,
Todos lutariam, naquela confusão!
Dado o tiro, para começar a expedição,
Pelo delicado dedo, de sua Alteza,
Logo começou, aquela confusão!
A favor ou contra, não havia certeza,
O pior foi, quando rebentou o canhão!
As espingardas… ficaram encravadas,
A caldeira, não gerou, algum vapor,
Não se conseguiu, rebentar granadas!
Os fogueiros, ficaram em pavor,
Por terem, suas fardas molhadas!
Muito desorientado, o almirante,
Entrou furioso, dentro da ponte,
E o general, mata lacraus arquejante!
Ordenou ao velho amigo, comandante,
Pede tréguas; ordenou suplicante!
Está tudo falsificado; lamentou-se,
As guerras; já não são, como eram
Chamou o general, e acertou-se!
Que ficariam, um tempo de espera,
Falariam depois; desculpou-se!
Concordaram, num plano estratégico,
Porque as armas, estavam muito falsificadas,
Plano esse, muito lógico e energético!
Resolveram dar a guerras, por terminadas,
E arranjaram, este plano hipotético!
Venderiam o armamento, aos sucateiros,
Desmobilizaram, todos os militares,
Pediriam emprego, no corpo de bombeiros!
Para apagarem fogos, aos milhares,
Passando a ser, cidadãos muito ordeiros
J. Rodrigues Ano X mês y dia qualquer