Leilão das ilusões
Leilôo algumas sensações
Com elas de brinde o meu coração
Na caixinha de pandora
Cheia de ilusões...
Quero sentir emoções
Safadezas... Peraltices... Seduções..
Em sonhos... e sem tantas convenções...
Converso com quem quer verso...
Seguro as minhas reações
De presente dou a mim
Sem muitas pretensões
O melhor preço é a intensidade
Dos beijos... Afagos... Carinhos de qualidade
Com tempo para matar a saudade
Que habita em minha alma...
Sou o vento uivando... Soprando!
Transmuto a qualquer momento
Fico quente... Pego fogo!
Sempre com um tridente ardente
Pura excitação em combustão
Como o diabo faz com a tentação
Arrepio as peles...
Espelho todas as feras...
Que estão à minha espera
Sou mágico... Sapeca... Peralta...
Uma ou outra me faz falta
Mas nesse leilão serei fiel!
A quem mais destilar o seu fel
Aceito também um bom mel
Prometo cumprir a oferta...
Massagear pés... Coxas e costas
Saciar a fome da presa
Com muito rigor e destreza...
Dos uis e ais que surgirem...
Num real toque com delicadeza...
Promoverei suores ofegantes...
Pelos movimentos... Macios e insinuantes...
Darei o prazer maior... Delirante!
Escorrido pelos gestos constantes...
Pelas suaves curvas da ternura
Como fosse o mesmo tecido
Que eu tivesse reunido
Num só ser...
Meus dedos procuram seus desejos
Enquanto eu realizo o que senti...
Sou um escudeiro sensual...
Enrosco-me em tuas teias...
Faço-me penetrar em suas veias...
Faço-te ir ao espaço...
Nem tiro um pedaço...
Meus dedos brincam...
Dize-me aonde você quer chegar...
Umedeço o teu céu... Todo teu querer...
Até já começo, a saber, como fazer...
Você me querer...
Sigo os sinais... Dos teus ais...
Tua gruta... a mim agrupa
Meus dedos... Conduzem o seu desejo...
Vem que te quero toda...
Nessa textura da pele sedosa...
Pela cura milagrosa...
Do teu tesão no meu
Aí o rala e rola... Rola solto...
E mesmo que pelos teus encantos envoltos...
Eu colho o meu prazer...
Quem dá mais?...
Hildebrando Menezes
Obs: A minha parceira de versos... A doce e talentosa poetisa Enise, dona do estabelecimento que contém as nossas ‘obras de arte’ poéticas... Colhe as ofertas e bate o martelo (Risos).