Poema para meus tios!

Tio José:

Quando lá em casa ele, sério, chegava, da grade mesmo ele falava: " Deus te abençoe, cadê Nevinha"? E passando pelas salas, quando a ela, ele avistava, o sorriso se abria.

Não tinha outra frase que fosse a primeira. E ele dizia sorrindo " cadê meu cafezinho"?

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Tio Moacir:

Às vezes sério, às vezes alegre, quando lá em casa ele chegava e assim que via a irmã, sorrindo ele falava: " Acabei de vir da Ceasa".

Tia Eliete:

Ah! Tia Eliete!

Quando lá em casa chegava, sempre sorrindo dizia: "Ô de casa"!

Não tinha outra, já sabíamos que o dia ia ser de muita conversa e muitas risadas.

Tia Mariinha:

Quando lá em casa chegava da grade, sorrindo, perguntava: " Cadê Neva"?

Dos seis era a única que não tomava café, mas uma coisinha doce ela nunca rejeitava.

Tio João:

Quando de viajem do Rio chegava e que lá em casa passava, uma das coisas que mais me marcou foi de uma linda e cor de rosa manga, que ele levou. E sorrindo ele dizia: "Nevinha, essa manga vou levar para fazer inveja ao povo de lá".

E é essa simples, doce e leve lembrança que quero guardar de todas às vezes em que abri a grade da casa, para cada tio meu entrar.

Keila Gusmão.

Keila Gusmão
Enviado por Keila Gusmão em 21/12/2024
Código do texto: T8224024
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