Ao meu pai

AO MEU PAI

Seus passos largos que caminhavam

em minha direção, já não são tão ágeis,

já não são precisos, agora são frágeis;

Suas mãos calejadas das lutas diárias,

já não são tão fortes, são trêmulas,

visivelmente como uma flâmula;

Sua coluna que esteava a estrutura,

já não parece ser tão sustentável,

a decadência deixou mais vulnerável;

Seus cabelos...há seus cabelos,

já foram negros e brilhante,

logo o tempo tingiu lentamente;

Seus olhos já não enxergam tão longe,

estão cansados...sim cansados,

pois o tempo veio e passou apressado.

JONAS SALVIANO

Jonas Salviano
Enviado por Jonas Salviano em 28/01/2020
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