Ao meu pai
AO MEU PAI
Seus passos largos que caminhavam
em minha direção, já não são tão ágeis,
já não são precisos, agora são frágeis;
Suas mãos calejadas das lutas diárias,
já não são tão fortes, são trêmulas,
visivelmente como uma flâmula;
Sua coluna que esteava a estrutura,
já não parece ser tão sustentável,
a decadência deixou mais vulnerável;
Seus cabelos...há seus cabelos,
já foram negros e brilhante,
logo o tempo tingiu lentamente;
Seus olhos já não enxergam tão longe,
estão cansados...sim cansados,
pois o tempo veio e passou apressado.
JONAS SALVIANO