Pranto Contido
Às vezes a dor é tão grande que sufoca a alma
Num gesto tolo consciente ou impensado,
Pensando tão somente no ente amado,
Seguimos caminhos em busca da calma.
O nó na garganta e o amor no peito
A razão e a emoção debatem seus fins
E eu fico pensando comigo assim
Pra passar por isso, o quê tenho feito?
Um pranto contido , na boca o amargor
Um abraço, um afago que não foram dados
Esses carinhos agora negados
Outrora era costume de afeto e amor.
Às vezes um pássaro quer voar sozinho
E bate as asas rumo ao seu destino
Mas, outros apenas agem sem tino
E voltam ferido para o seu ninho
Que as minhas crias ao bater as asas
Sejam rumo à sorte e à prosperidade
Pois devem o amor, a paz e a verdade
Fazerem morada numa mesma casa
Pois se o filho se fere a mãe sente a dor
E ainda nutre a culpa e a aflição
Lamberá sua cria fazendo-lhe unção
Ansiando dar tão somente amor
Eu sei que uma luz no final aparece
E procuro as porta da conformidade
Para que vivamos com serenidade
Clamo a Jesus com as minhas preces.