Ele era velho, bem velho
E na praça, eu o via
A contar velhas histórias
De um tempo que já não havia
 
Falava de coisas grandes
De coisas que eu não conhecia
Do Respeito, da Humanidade
De uma vida de Harmonia
 
Falava deuma Cidade
Que eu nunca, nunca vira
De um povo de uma idade
De tantas coisas já idas
 
Dizia que de onde vinha
Conhecera a Poesia
A Reverência a Escusa
E até a Cortesia
 
Dizia ainda que o Jovem
Em seu tempo aprendia
Com o sábio Ancião
E seus conselhos ouvia
 
Que o orgulhoso avô
O jovem neto conduzia

Aos estudos, pela vida
E ele agradecia
 
Que a Nora, ao velho Sogro
A bênção então pedia
E apertava-lhe o peito
Ver sua cadeira vazia
 
E à mesa, a família
No almoço e no jantar
Guardava a cabeceira
Para o sábio sentar
 
E em tantas noites de lua
A família ao redor
Ouvia atentamente
As histórias da VóVó
 
Hoje: -  disse ele então
Com o olhar entristecido
Estão inertes e sós
Em um asilo esquecidos
 
E seus corações repletos
De saudades e lembranças
Ainda guardam amor
Pelas crescidas crianças
 
E elas, aquelas crianças
Que adultos hoje são
Nem se apercebem que um dia
Também serão Anciãos
 
E seus coração vazios
Solitários e perdidos
Preencherão os Asilos
Quando forem esquecidos
 
 
 
 
 
 

Szzamira
Enviado por Szzamira em 09/07/2013
Reeditado em 09/07/2013
Código do texto: T4379796
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.