O ÓRFÃO

O ÓRFÃO

Foi de prantos meu destino

Sabores, fugazes de mais

Inda era pequenino

Quando perdi os meus pais

Sem carinho de uma mãe

Ou um conselho do pai

No mundo p’ra ser alguém

- Levante-se, aquele que cai.

Sem arrimo de ninguém

Passei agruras sem fim

Do pouco-caso, ao desdém

Poucos olhavam p’r mim

Por este mundo afora

Caminhei em pesadelos

É a angustia de quem chora

Não ter dos pais seus desvelos

Desencanto e desconsolo

Nesta senda tão escura

É viver à tiracolo

Uma vida de amargura.

Eis que em mim resplandeceu

Uma esperança luminosa

Quando Jesus lá do céu

Indicou-me conduta honrosa.

São Paulo, 19/07/2008

Armando A. C. Garcia

E:mail: armandoacgarcia@superig.com.br

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