O Ancião!
O Ancião! (209)
O pobre ancião, coitado;
Quantos anos, serão os seus?
Tem o corpo, muito curvado!
Os anos, serão mais que os meus,
O seu rosto, moreno e enrugado!
Tinha os braços fortes, musculados,
Hoje, de seus ombros pendentes,
Por estarem, gastos e cansados!
Sua boca, quase sem dentes,
Tem os cabelos, branqueados!
Já não enxerga, muito bem,
Seu ouvido, está perdendo,
Coisas da idade, que já tem!
Memória, ainda vai tendo,
As pernas, arrastando também!
Nesta vida, tem peregrinando,
Teve mulher e alguns filhos,
Hoje, encontra-se abandonado!
Também teve, alguns sarilhos,
De saúde, está muito arruinado!
Tem muita experiência, da vida,
Pelas coisas, que nela passou,
Mas sua figura, é despercebida!
Mas em tempos, a muitos ajudou,
A muitos, teve a sua mão estendida!
Vive, seus últimos dias, de solidão,
Sentindo-se pesado, aos familiares,
Vive desafogado, da aposentação!
Indicam-lhe então, vários lares,
Onde o querem, então mandar!
J. Rodrigues 23/05/2008