Nova morada
Poderia chover na grama,
Perder o sentido de culpa,
Pisar no nosso chão novo,
Queimar as folhas,
Trancar as portas da entrada,
Que a água do céu
Molharia os olhos do sonho.
A espera sonha os dias;
Lua e sol saindo.
Do outro lado do mundo,
Construindo moradas,
Traçando metas de fato;
Molhando estradas...
No papel são desenhados os sóis,
A luz que ilumina a sala;
A cortina balança duvidando
Da sua efêmera existência;
Existência discutida nos lençóis.
Cada canto é marcado
Com passos acuados
Pela mão do destino em si;
E cada porta destrancada
Abre novas visões do paraíso,
Que se desenha em papéis brancos
Todos os dias...
Noite após noite.