Nova morada

Poderia chover na grama,

Perder o sentido de culpa,

Pisar no nosso chão novo,

Queimar as folhas,

Trancar as portas da entrada,

Que a água do céu

Molharia os olhos do sonho.

A espera sonha os dias;

Lua e sol saindo.

Do outro lado do mundo,

Construindo moradas,

Traçando metas de fato;

Molhando estradas...

No papel são desenhados os sóis,

A luz que ilumina a sala;

A cortina balança duvidando

Da sua efêmera existência;

Existência discutida nos lençóis.

Cada canto é marcado

Com passos acuados

Pela mão do destino em si;

E cada porta destrancada

Abre novas visões do paraíso,

Que se desenha em papéis brancos

Todos os dias...

Noite após noite.

Valter Pereira
Enviado por Valter Pereira em 17/03/2008
Código do texto: T905522
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