Novos dias

Novos amanheceres

dias de hoje

já estão morridos todos os seres

de décadas passadas impróprias

sonolentas e modorrentas

impotência da alma

foram ordinárias, imaginárias...

Novos dias, novos amanheceres

Sem sexo, como um anjo

Linhas e letras,

tribunais e seus pareceres

Rebelde anjo

do passado não há mais deveres

Basta, é passado

espero ser amado

Já remodelado

Corridas a pé

supino e marcha a ré

mãos deslizantes

sopro, tesões restantes

Destarte, iremos a pé, à montanha

não me venha reclamar da distância

antes era sonho, não passava de ânsia

tudo era ideal, eram fantasias

Vejo-me, tão agora, numa ilha

Enredos mais reais,

hormônios supra-renais

supra reais

nunca virás, jamais quererei !

Essa eu ganhei !

Uso braços, parabéns, me abraço

da vida, corrida, irrecorrida, vem-me teu afago

De nada importa eu sonhar, para saber

que vivo desperto sem drogas, não mais ceder

pego a pena e falo em conviver

Irei ? Onde estás ?

Fugistes...

Tu, que me apaixonou

Todo este tempo, por onde andou ?

Mentistes ?

Que faço eu da vida ?

O facho não se abrandou

Justo agora, que sou o que sou...

Teobaldo Mesquita
Enviado por Teobaldo Mesquita em 13/11/2024
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