Novos dias
Novos amanheceres
dias de hoje
já estão morridos todos os seres
de décadas passadas impróprias
sonolentas e modorrentas
impotência da alma
foram ordinárias, imaginárias...
Novos dias, novos amanheceres
Sem sexo, como um anjo
Linhas e letras,
tribunais e seus pareceres
Rebelde anjo
do passado não há mais deveres
Basta, é passado
espero ser amado
Já remodelado
Corridas a pé
supino e marcha a ré
mãos deslizantes
sopro, tesões restantes
Destarte, iremos a pé, à montanha
não me venha reclamar da distância
antes era sonho, não passava de ânsia
tudo era ideal, eram fantasias
Vejo-me, tão agora, numa ilha
Enredos mais reais,
hormônios supra-renais
supra reais
nunca virás, jamais quererei !
Essa eu ganhei !
Uso braços, parabéns, me abraço
da vida, corrida, irrecorrida, vem-me teu afago
De nada importa eu sonhar, para saber
que vivo desperto sem drogas, não mais ceder
pego a pena e falo em conviver
Irei ? Onde estás ?
Fugistes...
Tu, que me apaixonou
Todo este tempo, por onde andou ?
Mentistes ?
Que faço eu da vida ?
O facho não se abrandou
Justo agora, que sou o que sou...