VELAS SOLTAS -Luiz Poeta Luiz Gilberto de Barros.

VELAS SOLTAS -Luiz Poeta Luiz Gilberto de Barros.

Oceanos não separam quem se ama.

o passado é que num peito se afoga

e à medida que o silêncio se interroga;

a resposta é o abandono que reclama.

Mas... se sonhas... iça velas, segue avante,

teu olhar supera a própria miopia

nebulosa da mais pura fantasia, e a lembrança que te habita é o teu instante.

Os amores imortais sempre te vêm.

quando um barco de sonhos, num vento bom,

faz contraste com a saudade,

e dá o tom,

que Ilumina a emoção que te faz bem.

Céu azul, ondas de mar, luz, caravela

velas soltas sob o Sol do amanhecer...

nesse doce e sedutor luminescer,

tu pareces fazer parte da aquarela.

O infinito azula as águas do oceano,

a lembrança do que é bom, se ela quiser,

chega doce... no veleiro que a trouxer

como um náufrago do sonho mais... cigano.

Entretanto, a terra firme é que suporta,

o teu peso... mas se fantasia é leve,

teu silêncio, mesmo que ele seja breve,

sempre afoga tudo que te fez sofrer.

Às 9h e 13mo fo dia 14 de setembro de 2024 do Rio de Janeiro - Brasil - Registrado e Publicado no Recanto das Letras.