O inverno da alma
A chuva caindo
na tarde tão fria...
O corpo estremece
e a pele arrepia...
O céu escurece
ao final do dia.
E revejo fugindo
a minha alegria.
Se o inverno bafeja
e o tempo esfria
a brisa congela
e a rua esvazia...
A noite espalha
a sua nostalgia
e a lua aparece
distante e arredia
me hipnotizando
com sua magia.
No cume do monte
minh'alma harpia
deita suas penas
silente e sombria.
Se assim renasce
e, embora tardia,
refaz o equilíbrio,
a sua primazia,
enquanto fenece
a minha fantasia.
Adriribeiro/@adri.poesias