FECHANDO O CÍRCULO

Naquele momento de grande solidão,

restava-me somente falar com o coração

de forma discreta, concreta, ou abstrata.

Nestes momentos de pura abstração,

preciso eu, espírito, ser livre e voar,

como o condor, pairando no ar.

Ar rarefeito provocava em mim efeitos

até sensações que ainda eu não queria

ter que ficar sozinho e por mais um dia.

Durante todo o dia em que me dispusera,

queria deixar o sonho e toda quimera,

concretizar a fantasia de minha espera.

E nesta espera de forma tão presente,

que transformava e animava a gente,

eu me portava como um ser pensante.

E este ser que pensava em desistir,

quando a solidão lhe vinha visitar,

tinha motivos pra não resistir.

Fiz resistência em forma de poesia,

era sublime, do jeito que eu queria,

era matéria de minha inspiração.

A inspiração que eu já tivera antes

não vinha só e do jeito que queria,

a solidão também ali residia.

13/11/07-VEM-

Vanderleis Maia
Enviado por Vanderleis Maia em 14/11/2007
Reeditado em 08/03/2009
Código do texto: T737244